bacon

Uma das característias mais interessantes da cultura helena é a diversificação do saber. Segundo os gregos, o sábio não é o especialista, mas aquele que sabe de tudo um pouco (não sei qual o substântivo denominador desta qualidade). Sei que muitos consideram que "aquele que sabe de tudo um pouco, não sabe de nada direito", porém contesto. Não existe limitação ao saber, tampouco possibilidade de subjulga-lo, qualificá-lo ou quantitazá-lo.
Não considero isto uma falha, mas uma qualidade. É possível que eu discuta muitos assuntos (futebol, política, física, química, direito, sociologia, geografia, matemática, história), profunda ou superficialmente, o que me torna um ser "culturalmente" suportável. Disto, estou em constante aprendizado, lendo, assistindo, ouvindo a maior variadade de temas afim de saber sempre um pouco mais (por isso que meus maiores hobbies é conversar e ler sites de assuntos diversos).
Porém, associei (erronemente) esta qualidade a um "pré-julgamento superficial" do saber das pessoas. Em outras palavras: dependendo com quem estou conversando e sobre qual assunto discutimos, faço uma celetividade parcial do que e como conversar. Isto já me colocou em situações constrangedoras, pois, algumas vezes, faço um julgamento errôneo do que a outra pessoa sabe, ignorando-a. É uma falha que tentarei consertar, isto porque, parafraseando Sócrates, "quanto mais eu sei, mas eu sei que nada sei".
Desta análise, outra consideração pude conceber: não tenho paciência para ensinar, mas para aprender. Adoro discutir e dialogar com quem domínia um assunto melhor do que eu, pois quero sempre saber mais sobre aquilo. Fascino-me com o que aprendo, o que me faz buscar selecionar conversas e pessoas com quem conversar. Novo erro. Péssimo e gravoso erro.
Sou completamente desfavorável ao pré-julgamento das pessoas, quanto mais em relação ao seu conhecimento. Não gostaria que fizessem isto comigo. Tentarei ser menos chato e mais compreensivo. Todos têm suas qualidades e conhecimento. Não serei eu a discordar.