Não, não vou falar sobre esta arte grega da encenação (embora muitos historiadores tenham dada sua gênesi a povos mais antigos), mas preciso responder porque meu blog parece "dramático demais" (adjetivo da minha irmã).

Em verdade, realmente utilizo muito do drama nele. Não só nele, mas em minha vida também. Realizar as ações mais fúteis de sua vida como se tudo fosse uma grande peça teatral dar-lhe-á a sensação de segurança (como se seguisse um roteiro) e de de que a rotina da vida não precisa ser necessariamente monótona.

Explico-me: a maior parte dos atos de nossas vidas são feitas de modo mecânico, fazemos simplesmente porque é necessário fazer. Não existe 'vontade' específica, tampouco paixão nas ações. Aplicando-se o 'drama' nestes atos, você confere-lhes sentimento, criando uma pequena justificativa para os realizar.

Não estou dizendo para vocês saírem por aí recitando monólogos ou chegar ao caixa de supermercado e se questionarem "comprar ou não comprar?". Isto é uma explicação, não um conselho. Para muitos, tudo isto é uma grande "baléla" (Rômulo), 'coisa de fresco'. Não ligo. É a verdade. Gosto de assim pensar e agir. Sinto-me bem e o resto que se foda.

Só tem um problema em dramatizar tudo o que toca: qualquer simples ato pode transformar-se numa "tempestade em copo d'água". É um preço bem pequeno para quem realmente quer viver.

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe."

(Oscar Wilde)

fabiano